sexta-feira, 29 de agosto de 2014

De Broker a Trader o que mudou

Meu  interesse  pelo  mercado  de  capitais começou  cedo. Aos  16  anos  já  participava  de  alguns  IPO  (Oferta  Pública  de Ações)  e,  devido  ao momento econômico do Brasil na época fiz algumas operações bem sucedidas. Tal interesse pelo mercado financeiro chamou a atenção de um amigo, que  estava  iniciando  uma  área  de  derivativos  em uma corretora constituída há pouco tempo. Este por sua vez, convidou-me para trabalhar em sua equipe e eu já muito interessado e fascinado pelo mercado aceitei de bate pronto.
Meu primeiro dia de trabalho como profissional foi outubro de 2008, onde recém havia estourado o subprime nos EUA e assisti a dois Circuit Break na Bovespa, um com a queda de 10% e o outro de 15%.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Reminiscências

Nos trinta e sete anos (de 1958 a 1995) em que atuei como operador de mercado antes de trocar a emoção dos números pela suave e, às vezes, modorrenta mansidão das letras, tive a oportunidade de assistir a diversas mudanças no perfil dostraders brasileiros, fossem eles touros ou ursos.
Naquele, agora quase apagado na memória, final dos Anos Cinqüenta, quando a maioria dos traders de hoje sequer havia nascido, no Brasil os principais mercados eram os de ações e de câmbio. Os negócios de renda fixa se resumiam a notas promissórias emitidas por empresas privadas. Os governos, federal, estaduais e municipais, não emitiam títulos, por falta de credibilidade. No câmbio, como o dólar flutuava livremente, os traders negociavam para os importadores e exportadores. Faziam-no em mesas redondas, operando dúzias de aparelhos telefônicos pretos, movidos, acreditem, a magnetos e manivelas. Manivelas também que, juro, se moviam para frente e para trás nas máquinas de calcular.